O Impacto Femoroacetabular é uma condição comum que afeta muitos jovens e adultos. Sente dor no quadril que te limita nos esportes e atividades do dia a dia? Pergunte ao seu Ortopedista se a causa pode ser o Impacto Femoroacetabular (IFA).
Neste guia completo e atualizado, você descobrirá tudo sobre o IFA: suas causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, exercícios específicos de fisioterapia e as melhores dicas para prevenir a dor e voltar a se movimentar com leveza e sem preocupações!
O impacto femoroacetabular (IFA) é uma condição caracterizada pelo contato anormal entre a cabeça do fêmur (osso da coxa) e o acetábulo (osso da bacia).
Esse contato anormal pode causar dor, inchaço, rigidez e limitação da amplitude de movimento no quadril, afetando a qualidade de vida do paciente.
Neste guia completo, você encontrará tudo o que precisa saber sobre o impacto femoroacetabular, incluindo:
GUIA
- O que é impacto femoroacetabular (IFA)?
- Quais os tipos de Impacto femoroacetabular existem?
- Causa do Impacto Femoroacetabular (IFA)
- Fatores de risco para o impacto femoroacetabular (IFA):
- Sintomas do impacto femoroacetabular (IFA):
- Diagnóstico do impacto femoroacetabular (IFA):
- Medidas conservadoras
- Tratamento cirúrgico
- Prevenção do impacto femoroacetabular (IFA)
O que é impacto femoroacetabular (IFA)?
Imagine a cabeça do fêmur se encaixando no acetábulo, como uma bola em um soquete. O IFA ocorre quando a cabeça do fêmur e/ou o acetábulo apresentam anormalidades que causam contato anormal e desgaste excessivo durante a movimentação do quadril. Geralmente, esse contato anormal ocorre pelo excesso de osso na região do fêmur, do acetábulo ou até mesmo das duas regiões.
Quais os tipos de Impacto femoroacetabular existem?
- Tipo PINCER: aumento da cobertura óssea do acetábulo sobre o fêmur. Esse excesso de osso geralmente causa mais lesões do labrum acetabular. Mais comum nas mulheres.
- Tipo CAM: crescimento ósseo anormal da transição entre a cabeça e o colo femoral. O fêmur deve apresentar um acinturamento em toda sua circunferência, porém aqui existe um excesso de osso que gera um atrito no osso da bacia, promovendo impacto.
- Tipo MISTO: combinação de PINCER e CAM.
Causa do Impacto Femoroacetabular (IFA)
- Deformidades ósseas congênitas: defeitos na formação do osso do quadril durante o desenvolvimento fetal.
- Traumas no quadril: fraturas, luxações ou lesões ligamentares podem alterar a anatomia da articulação.
- Doenças degenerativas: osteoartrite, displasia do quadril.
- Fatores biomecânicos: postura inadequada, desequilíbrios musculares, esportes de impacto.
Fatores de risco para o impacto femoroacetabular (IFA):
- Histórico familiar: ter parentes com IFA aumenta o risco de desenvolver a condição.
- Gênero: mais comum em mulheres do que em homens.
- Atividades físicas: esportes de impacto, como corrida, futebol e balé, podem aumentar o risco.
- Hiperfrouxidão ligamentar: ligamentos mais flexíveis do que o normal podem predispor ao IFA.
Sintomas do impacto femoroacetabular (IFA):
Simplesmente ter impacto não significa que você terá dor! Muitas pessoas apresentam impacto femoroacetabular, porém não possuem qualquer queixa relacionado ao IFA.
Isso decorre de uma série de variações anatômicas, específicas de cada paciente, assim como do seu dia a dia, dos movimentos que realiza com o quadril.
Nos casos em que há dor associada, chamamos de Síndrome do Impacto Femoroacetabular. Se você tem queixas relacionadas ao Impacto Femoroacetabular você deveria procurar um ortopedista especializado.
Nem sempre a dor está localizada diretamente no quadril. A bacia é uma estrutura única. Na tentativa de evitar o impacto femoroacetabular, o corpo faz algumas compensações, que alteram a função e solicitação muscular, podendo gerar dor em outras regiões como a coluna e joelhos.
Os sintomas mais comuns são:
- Dor na região do quadril: geralmente localizada na virilha, na parte lateral do quadril ou nas nádegas. A dor ainda pode se apresentar na coluna, sem queixas diretas no quadril.
- Dor que piora com atividades: subir escadas, agachar, correr ou realizar movimentos rotacionais do quadril. Muitos corredores e triatletas passam a sentir dor após um treino mais longo.
- Dor no seu dia a dia: muitos pacientes que nos procuram, relatam dor ao ficar muito tempo sentado, dor para entrar ou sair do carro e até mesmo para pegar algum objeto no chão.
- Inchaço no quadril.
- Rigidez no quadril: dificuldade de realizar movimentos completos do quadril, principalmente para flexão e adução.
- Estalos ou rangidos na articulação do quadril.
- Fraqueza muscular no quadril: principalmente na musculatura do glúteo médio.
- Limitação da amplitude de movimento do quadril.
Diagnóstico do impacto femoroacetabular (IFA):
- Consulta médica: é o primeiro passo para descobrir o seu problema. O médico deverá avaliar seus sintomas, histórico médico e realizar exame físico específico para verificar a dor, o inchaço e a amplitude de movimento do quadril. Testes específicos do quadril são realizados para a suspeita do diagnóstico.
- Exames de imagem: raios-X, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RNM) do quadril para visualizar a anatomia da articulação, identificar as deformidades ósseas e possíveis lesões associadas, como a lesão do labrum acetabular. A radiografia é um exame excelente para verificar o problema. São tracedos diversos ângulos anatômicos, e as suas medidas alteradas nos dão o diagnóstico. A RNM identificará principalmente a lesão do labrum acetabular. (Muitas Ressonâncias não apresentam em seu laudo o diagnóstico de Impacto Femoroacetabular, porém mostram detalhes que nos indicam o problema, como alterações nas articulações sacroilíacas e da sínfise púbica, tendinopatias de glúteo médio e mínimo e lesões, principalmente na região anterosuperior do labrum.
Medidas conservadoras
O objetivo aqui é evitar com que o impacto entre as estruturas do quadril ocorram. Para isso temos algumas possibilidades, entre elas afastar a atividade física que causem o impacto.
- Repouso relativo: evitar atividades que causem dor no quadril.
- Gelo e compressas: aplicação de gelo no quadril para reduzir a dor e o inchaço. 15 a 20 min por sessão é o suficiente.
- Medicamentos: anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para controlar a dor e a inflamação. Apenas com prescrição médica
- Fisioterapia: exercícios para fortalecer os músculos ao redor do quadril, melhorar a flexibilidade, sem causar mais impacto, e a propriocepção.
Tratamento cirúrgico
A principal técnica para o tratamento da Síndrome do Impacto Femoroacetabular é a Artroscopia do quadril: técnica minimamente invasiva para corrigir deformidades ósseas, remover áreas de osso que causam pinçamento e reparar lesões labrais. O maior objetivo da artroscopia é prevenir a evolução para um maior desgaste articular, a Artrose do Quadril,
Prevenção do impacto femoroacetabular (IFA)
Embora nem sempre seja possível prevenir o IFA, especialmente em casos congênitos, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a condição ou evitar o seu agravamento:
- Fortalecimento muscular: manter os músculos ao redor do quadril fortes e bem-equilibrados ajuda a estabilizar a articulação e reduzir o estresse sobre o osso. A fisioterapia pode ser fundamental para elaborar um programa de exercícios específico para o fortalecimento do quadril.
- Melhora da flexibilidade: alongar regularmente os músculos ao redor do quadril, incluindo a panturrilha e a região lombar, melhora a amplitude de movimento e reduz o risco de lesões. Lembre-se que a flexibilidade não deve causar mais desconforto e mais impacto!
- Manter um peso saudável: o excesso de peso aumenta a carga sobre a articulação do quadril. Perder peso, se necessário, pode ajudar a prevenir o desgaste articular e o desenvolvimento de IFA.
- Postura adequada: manter uma postura ereta e evitar ficar sentado por longos períodos ajuda a alinhar a articulação do quadril corretamente e reduz o estresse sobre o osso.
- Escolha de atividades físicas: praticar atividades físicas de baixo impacto e sem muita amplitude de movimento, como natação ou Pilates, ajuda a manter a saúde articular e evita o sobrecarga no quadril. É importante evitar esportes com impacto repetitivo, como corrida de longa distância, ciclismo ou futebol, principalmente se já houver dor no quadril.
- Uso de calçados adequados: calçados confortáveis e que forneçam bom suporte ao arco plantar ajudam a distribuir o peso corporal de forma equilibrada e diminuir a sobrecarga no quadril.
- Consulta com um médico ortopedista: se sentir dor no quadril, procure um médico ortopedista para um diagnóstico precoce. O diagnóstico e tratamento inicial do IFA podem ajudar a prevenir a progressão da doença e a necessidade de cirurgia.
Fontes: https://hardcore.com.br/entendendo-as-lesoes-no-quadril-de-kelly-slater-e-griffin-colapinto/
https://orthoinfo.aaos.org/en/diseases–conditions/femoroacetabular-impingement/
https://www.mskrad.com.br/post/impacto-femoroacetabular-do-tipo-came
https://radiopaedia.org/articles/femoroacetabular-impingement-syndrome?lang=us
https://www.einstein.br/doencas-sintomas/impacto-femoroacetabular#:~:text=O%20impacto%20femoroacetabular%20%C3%A9%20uma,ela%20%C3%A9%20chamada%3A%20tipo%20CAME.
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